segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

'Ele não é terrorista', diz amigo de bombeiro que furtou caminhão


Amigo do bombeiro que furtou caminhão e dirigiu rumo ao Congresso diz que não sabe por que o suspeito agiu como agiu. 'Até ontem, ele estava ótimo'

Um colega de corporação do bombeiro que furtou um caminhão e dirigiu em alta velocidade na Esplanada dos Ministérios até ser parado a tiros pela polícia, na madrugada deste domingo (3/12), contou  que ninguém imaginava que o 2º sargento Fabrício Marcos de Araújo pudesse agir dessa maneira. "Até ontem ele estava ótimo. Não pensava que isso ia acontecer", disse, supondo que o colega tenha tido um "surto".
Sem querer se identificar, o amigo disse ter certeza de que a intenção do bombeiro não era promover nenhum tipo de ato terrorista nem machucar inocentes. "Ele não é terrorista", garantiu. "Também não é muçulmano nem perdeu recentemente um filho, como andam dizendo", completou. Um inquérito policial militar foi aberto, e o caso, registrado como furto.
"No Congresso, eu paro" 

Em aplicativos de trocas de mensagens, circula um áudio gravado pelo suspeito enquanto ainda dirigia e no qual afirmava não ter a intenção de machucar civis, mas desejava chegar ao Congresso Nacional. “No Congresso Nacional, eu paro. Não vou matar ninguém. Não vou atropelar ninguém. Não vou passar por cima de ninguém. No Congresso Nacional, eu paro”, disse. Amigos confirmam que a voz é mesmo do suspeito.
Ainda segundo o amigo, o bombeiro que furtou o caminhão tem 24 anos de profissão e é motorista. Ele é casado, tem dois filhos e mora em Taguatinga. O Correio já havia apurado que ele tem 44 anos e é lotado no 8º Grupamento de Bombeiro Militar. Desde que soube do ocorrido, a família do suspeito ficou muito abalada e está recebendo apoio de outros bombeiros, que acionaram advogados para orientar os parentes como agir.

Ele lembra que foi acordado por volta das 2h de domingo com uma ligação de outro colega. "Disseram que ele tinha surtado, estava enlouquecido, pegado um caminhão e saindo dirigindo. Até agora não entendemos o que aconteceu", afirmou.

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